sexta-feira, 31 de maio de 2013

As piores formas de exploração do trabalho infantil

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre a proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação Imediata para sua Eliminação, concluídas em Genebra, em 17 de junho de 1999, é ilegal:

a) todas as formas de escravidão ou práticas análogas à escravidão, tais como a venda e tráfico de crianças, a servidão por dívidas e a condição de servo, e o trabalho forçado ou obrigatório, inclusive o recrutamento forçado ou obrigatório de crianças para serem utilizadas em conflitos armados;

b) a utilização, o recrutamento ou a oferta de crianças para a prostuição, a produção de pornografia ou atuações pornográficas;

c) a utilização, recrutamento ou a oferta de crianças para a realização para a realização de atividades ilícitas, em particular a produção e o tráfico de entorpecentes, tais com definidos nos tratados internacionais pertinentes; e,

d) o trabalho que, por sua natureza ou pelas condições em que é realizado, é suscetível de prejudicar a saúde, a segurança ou a moral das crianças.


Devemos dizer aqui, que no Nordeste, as crianças são submetidas a cortes de cana, levam sacos com plantas, correm o risco de serem mutiladas, não há proteção, trabalham incansavelmente dez horas por dia.

E esses pequenos que exercem alguma atividade na mineração? Produção de carvão vegetal, produção em cerâmica e olarias, extração de pedras e areia. No sul, trabalham nas extrações de acácia e ametista, mexem com produtos tóxicos, além de estarem expostos a máquinas muito perigosas.

Observe esse parágrafo, extraído da página – www.pessoal.educacional.com.br

(...) Na região Centro-Oeste a situação é deprimente: crianças trabalhando duro em longas jornadas diárias na colheita do algodão, do tomate e do alho. Mas merece destaque a exploração nas olarias e cerâmicas, onde o trabalho é iniciado às quatro da manhã e dura até 5 e meia da tarde. Segundo o depoimento da assistente social Eliana Bragança, que acompanha as pesquisas, nas pequenas e precárias fábricas de cerâmica, adolescentes menores de 14 anos que são obrigados a empurrar carros-de-mão com até 150 quilos de tijolos, em uma área com terreno irregular. Ainda ficam expostas ao calor intenso dos fornos até os tijolos ficarem prontos. (...)

Mas ainda não citamos meninas com 12, 13 anos sendo exploradas sexualmente nas ruas, crianças que vendem drogas, menores empurrando carrinhos de lixo, com até 200 quilos, enquanto muitos pais estão em casa.

E aquelas meninas de dez anos que cuidam de uma casa inteira, lavam, passam, cozinham, em troca de um prato de comida, podendo na maioria das vezes, sofrerem com dores nas costas, inchaço nas pernas, dentre outros problemas graves de saúde.

Mas não quero que meu texto fique cansativo, apenas digo que minha intenção é que reflitam sobre tudo isso. O que citei no início do meu texto tem sido respeitado? Todas as leis em benefício de crianças tem sido seguidas?

Diante de nossos olhos estão esses menores sendo explorados, é claro que existem inúmeros trabalhos piores que esses, que muitas vezes fogem de nós.
Mas e aí, qual é nosso percentual de culpa sobre isso? Até que ponto temos sido coniventes com a dor e medo desses menores?

Michelle Marques de Mello


DEZ AÇÕES RESPONSÁVEIS PARA COMBATER O TRABALHO INFANTIL


1. Não adquirir produtos ou serviços de crianças.

2. Zelar para que as crianças frequentem regularmente as aulas.

3. Criação e adequado funcionamento dos Conselhos Tutelares.

4. Fiscalização frequente para coibir o trabalho de crianças e adolescentes.

5. Informar às instituições competentes as situações de trabalho infantil.

6. Criação de leis que instituam programas sociais de proteção à infância e à adolescência.

7. Garantir no orçamento municipal percentual de recursos para aplicação exclusiva em programas sociais destinados às crianças e à juventude.

8. Diagnosticar e manter dados atualizados sobre crianças e adolescentes em situação de risco social em seu município.

9. Proibir o acesso de crianças a lixões e aterros sanitários.

10. Instituir programas de geração de renda familiar e profissionalização dos jovens.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

ESTÁ NA LEI...


O trabalho infantil é também uma forma de violência, podendo acarretar em danos físicos e psicológicos, pois transforma as crianças e os adolescentes em adultos precoces, Submetendo-os, muitas vezes, a situações extremas que afetam seu processo de crescimento e desenvolvimento, expondo os à aquisição de doenças e a atrasos na formação escolar.

  Constituição Federal de 1988

Determina:
Art. 227- “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”

  ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 5º determina que: “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”;

CREAS REALIZA PALESTRA SOBRE TRABALHO INFANTIL NAS ESCOLAS MUNICIPAIS


A Secretaria de Assistência Social e Desporto de Ipiaú, por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), promovem nesta Terça-feira (28), na Escola Municipal Pastor Paulo, a palestra "Ipiaú Contra o Trabalho Infantil", apresentada pela Pedagoga e coordenadora Lívia Teixeira, especialista em Educação Infantil.
O evento é direcionado aos pais e tem como objetivo de fortalecer a participação familiar no combate ao trabalho infantil. Na oportunidade a coordenadora Lívia Teixeira abordou em sua palestra os temas: ‘‘As piores formas de trabalho infantil’’, “as dez razões para as crianças e adolescentes não trabalhar,” “as consequências do trabalho infantil” mostrando aos pais que essa prática é proibida. O evento foi finalizado com um vídeo sobre Cidadania.