segunda-feira, 20 de julho de 2015

" Saí do Creas transformado"

Sem perspectiva de vida, Daniel mudou sua história com os serviços do Centro de Referência Especializado de Assistência Social 
                                                                                         Foto: Sérgio Amaral/MDS 

Daniel*, 19 anos, chegou ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Cruzeiro do Sul, no Acre, aos 16 anos. "Diziam que minha solução era a cadeia", lembra. Ele conta que cresceu em uma comunidade violenta e não tinha nenhuma perspectiva de vida até conhecer o centro. 

"Fui acolhido com todos os meus problemas e me fizeram enxergar um mundo novo, longe de tudo o que eu já tinha feito e passado". Para Daniel, o serviço do Creas é essencial na recuperação dos adolescentes. "Saí transformado", destaca. Hoje, ele está seguindo carreira militar no Exército. 

Assim como Daniel, outros milhares de adolescentes entre 12 e 18 anos em todo o país são atendidos pelo Serviço de Proteção a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade, nos Creas. Só em 2014, 67 mil jovens começaram a ser beneficiados. 

Para atender a esta demanda e de outros serviços, o governo federal realizou forte investimento para ampliar essa rede, que teve crescimento de 677% nos últimos 10 anos. Hoje, são 2.440 Creas em todo o país. 

Do total de adolescentes atendidos com medidas socioeducativas nos Creas, 95% são do sexo masculino, 66% vivem em situação de pobreza e extrema pobreza e 60% são negros e pardos. "Esses adolescentes precisam ter acesso a políticas públicas. O trabalho desenvolvido busca a reconstrução e ressignificação de vida deles", destaca Telma Maranho, diretora de Proteção Social Especial do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). 

O serviço inclui acompanhamento familiar, atividades de convivência e fortalecimento de vínculos, encaminhamento dos adolescentes, a partir dos 14 anos, para a aprendizagem e, acima de 16 anos, para a profissionalização. 

"O trabalho é intersetorial e envolve a rede de educação e saúde. Muitos desses adolescentes param de estudar e acabam sendo dependentes de drogas. O esporte e a cultura também são políticas fundamentais para potencializá-los", reforça Telma. 

(*) Nome fictício

Info SUAS 17/07/2015
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
 

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