domingo, 5 de junho de 2016

Trabalho infantil doméstico: invisível e perigoso




Mais de 30 mil crianças e adolescentes estão em situação de trabalho doméstico em todo canto do Brasil. OIT considera o trabalho doméstico uma das piores formas de trabalho infantil.

Não queremos enxergar que crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos encontram-se em situação de trabalho domésticos em todo país , o que representa uma grande parte população nessa faixa etária  estão em situação de trabalho doméstico, considerado uma das piores formas de trabalho infantil. 

Com o objetivo de chamar a atenção para esta e outras formas de trabalho infantil, sempre  estamos  realizada a campanha “ Ipiaú diz não ao trabalho Infantil!", que sempre é intensificada no mês de Junho, mês que no dia 12 de junho se comemora o dia Nacional da Erradicação do trabalho Infantil.  A iniciativa, idealizada pela Fundação Telefônica Vivo, pelo Fundo das Nações Unidas para Infância e Adolescência (UNICEF) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), tem o objetivo de propor aos cidadãos que se tornem agentes multiplicadores, produzindo e compartilhando informações sobre o tema nas redes sociais. A campanha é realizada pelo CREAS e demais órgãos da Secretaria de Ação Social.

Trabalho infantil doméstico


Segundo PNAD o trabalho infantil aumentou 4,5% de 2013 e 2014. São 3,3 milhões de crianças e adolescentes de cinco a 17 anos trabalhando no Brasil. Dessa turma toda, meio milhão tem menos de 13 anos. E a maioria (62%) trabalha no campo, com agricultura.
Entre a parcela de 10 a 17 anos, 7% estão em situação de trabalho doméstico.( Dados do IBGE)

Crianças e adolescentes que trabalham em casas de terceiros se encontram num espaço de invisibilidade. Sendo que alguns trabalhos são considerados abusivos a priori. Por exemplo, quando exigem muito do corpo ou quando possuem longas jornadas de trabalho. Outros, muitas vezes, não são considerados trabalhos e se tornam menos visíveis à sociedade, como é o caso do trabalho doméstico, que ainda é visto como uma ajuda. No caso da ocupação ilícita, como tráfico de drogas e exploração sexual, fatores como pobreza e falta de perspectivas não são considerados.

“O trabalho infantil doméstico acontece no lar, um espaço tido como de proteção, e é considerado um caminho honesto. O trabalho ilícito, por sua vez, é considerado uma escolha ruim e sem fácil, já que nossas crianças ficam nas ruas, sendo alvo fácil.”, afirma Lívia coordenadora do CREAS

O trabalho infantil doméstico está na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (TIP) definida na Convenção 182 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e promulgada no Brasil pelo Decreto no 3.597, de 12 de setembro de 2000. Entre os riscos desse tipo de ocupação estão as longas horas de trabalho, o trabalho físico pesado, o abuso físico, emocional ou sexual, a falta de oportunidades educativas e a falta de oportunidades para o desenvolvimento emocional e social.

Quem Ama Protege! Entre Nesse Jogo! Ipiaú Diz Não ao trabalho Infantil na Cadeia Produtiva.


A campanha deste ano  “Quem Ama Protege! Entre Nesse Time!! Ipiaú Diz Não ao Trabalho Infantil na cadeia Produtiva ”, lançada no dia 5 de Junho, tem justamente o foco de dar visibilidade ao tema e sensibilizar os diversos setores da sociedade civil para a responsabilidade de todos na questão. As ações da campanha se encerram em no final do mês com várias ações(palestras na comunidade, busca ativa, panfletagem e atividades lúdicas).

O  objetivo das ações é chama atenção para o aspecto da corresponsabilização da sociedade civil e do Estado na garantia dos direitos da infância e da adolescência, destacando um problema que se tornou opaco e culturalmente aceito, mas que de fato atinge milhares de crianças no país”, afirma a coordenadora do CREAS Lívia Teixeira.

Geruza Helena Assistente Social do CREAS explica que, especificamente no caso do trabalho infantil doméstico, é preciso dialogar diretamente com os discursos que sustentam essa ocupação. Por exemplo, apontar argumentos que desmistifiquem a ideia de que o trabalho doméstico é uma forma de ajuda ou de que esse tipo de trabalho é uma alternativa honesta à pobreza. Além de apontar os riscos.

Faça parte da nossa campanha entrando nesse Jogo, dizendo NÃO AO  TRABALHO INFANTIL!

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