O Brasil é um dos países
apontados como fonte de vítimas de tráfico humano, ao lado da Bulgária, China,
Índia, Nigéria. Os dados constam de um relatório da Organização Internacional
para as Migrações (OIM), parceira das Nações Unidas que analisou as
tendências de tráfico de pessoas através de informações de mais de 150 pontos
de operação.
Os principais países de destino
são a Federação Russa, o Haiti, o Iêmen, a Tailândia e o Cazaquistão. Embora em
menor escala, em relação à Argentina, o Brasil é também tido como ponto de
chegada de pessoas traficadas de países como a Bolívia e o Paraguai.
Na Europa, Portugal é um dos
pontos de destino ao lado da Alemanha, Itália e Espanha. Todos recebem um
número significativo de migrantes do Cone Sul e particularmente dos países
andinos.
Migrantes originários de Angola e
Moçambique estão na lista dos refugiados africanos, caribenhos e asiáticos que
se movimentam para a Europa ou transitam pela América do Sul a caminho dos
Estados Unidos e Canadá.
Exploração
Em junho, a agência deve
publicar a segunda parte do estudo, para o combate ao tráfico e assistência a
migrantes vulneráveis, com dados de 2011. O documento indica que metade dos
casos de tráfico humano registrados durante o período, envolveu vítimas de
exploração de trabalho.
O estudo relata que 27% dos casos
de tráfico acompanhados em 2011 são de exploração sexual. O tráfico de trabalho
é uma “característica de setores econômicos, particularmente, os que exigem
trabalho manual, como a agricultura, construção, trabalho doméstico, pesca e
mineração.”
Solicitações
De acordo com a OIM, mais
de 3 mil vítimas de exploração do trabalho foram assistidas durante o período,
o que representou 53% das solicitações das vítimas de tráfico humano. A agência
indica que desde 2010, o tráfico de trabalho já tinha ultrapassado a exploração
sexual como o principal tipo de tráfico atendido pela OIM.
Pedidos
Na maioria dos casos, a
exploração é disfarçada como trabalho legal e contratual e ocorre em condições
degradantes ao contrário das promessas feitas aos trabalhadores. O relatório
destaca o aumento de pedidos de assistência de homens vítimas de tráfico de
1,65 mil casos em 2008 para pouco mais de 2 mil em 2011.
Combinação
As vítimas de tráfico do
sexo feminino estiveram no mesmo nível dos homens, apesar delas representarem a
maioria a receber assistência. As mulheres representam 62% dos casos atendidos
pela OIM, incluindo casos de exploração sexual, exploração do trabalho e a
combinação das duas formas. Durante 2011, a OIM registrou, entretanto, uma
redução de 7% dos casos assistidos, em comparação a 2010. A OIM atribui a queda
a fatores externos, e não a uma “queda real” em casos de tráfico de pessoas.
Fonte: ONU Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário