A criança que sofre abuso sexual apresenta sinais indicando que algo está acontecendo. Ela começa a mudar seus comportamentos, pois não está preparada psicologicamente para receber os estímulos sexuais, ela não tem maturidade emocional para isso. Por isso a sua realidade fica diferente,refletindo na qualidade de suas relações pessoais. O abuso sexual pode causar:
- Depressão, baixa auto-estima;
- Interesse excessivo ou evitação em relação às questões sexuais;
- Sintomas de estresse pós-traumático;
- Sentimento de desconfiança;
- Pesadelos / problemas no sono; distúrbios alimentares;
- A criança passa a ficar retraída; isolamento;
- Mudanças repentinas de comportamentos; agressividade excessiva; pensamentos negativos ou medos em relação ao corpo / genitais;
- Podem apresentar fantasias e falsas informações sobre o abuso sexual;
- Entre outros comportamentos que devem ser avaliados por um profissional.
O abusador pode ser da própria família, amigos próximos, pessoas que tem contato com a criança, que estão em ambientes que a criança freqüenta. Quando a criança conhece e convive com o abusador, ela pode ficar confusa, em conflito, pois é possível ter laços afetivos com a pessoa que abusa. A criança fica no dilema de ser leal ao abusador, ou aos seus sentimentos de que aquilo que ela está vivendo está a gerando sofrimento emocional. Por esse motivo, a criança pode não relatar às outras pessoas o que está acontecendo. Não só por laços afetivos que a criança pode não contar o que acontece, mas também pode haver o medo por ameaças, por medo do que isso possa gerar em sua família, ou também a própria vergonha. Por todas as questões envolvidas, a criança pode ter a sensação de solidão e abandono.
É importante não “forçar” ou apressar a criança à falar sobre todo o abuso, mas sim apenas encorajar para ela se sentir a vontade e ter a liberdade de falar sobre o que aconteceu. Para ela se sentir confortável, é importante acolher, de forma carinhosa. Sempre indicando para a criança que qualquer emoção, sentimentos, como a raiva, é em relação ao abusador, explicando que ele foi o responsável por o acontecido. Se a pessoa / familiares ficarem emocionalmente perturbados, o assunto deve ser retomado somente depois das emoções e idéias estarem mais bem organizadas.
É fundamental a busca por:
- Pediatra ou médico que a família confie para avaliar se o abuso realmente aconteceu;
- Por um psicólogo, para avaliar o reflexo emocional do acontecimento (ou da dúvida) na vida da criança;
Assim como a criança vai precisar de um apoio psicológico, é importante a família também receber essa ajuda do profissional, pois a própria família será importante para a recuperação emocional da criança frente ao abuso sexual.
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