Como já era de se esperar, o trabalho infantil
ainda é predominantemente agrícola. Cerca de 36,5% das crianças estão em
granjas, sítios e fazendas, 24,5% em lojas e fábricas. No Nordeste, 46,5%
aparecem trabalhando em fazendas e sítios.
A Constituição Brasileira é clara: menores de 16
anos são proibidos de trabalhar, exceto como aprendizes e somente a partir dos
14. Não é o que vemos na televisão. Há dois pesos e duas medidas. Achamos um absurdo
ver a exploração de crianças trabalhando nas lavouras de cana, carvoarias,
quebrando pedras, deixando sequelas nessas vítimas indefesas, mas costumamos
aplaudir crianças e bebês que tornam-se estrelas mirins em novelas,
apresentações e comerciais.
A UNICEF declarou no Dia Mundial Contra o
Trabalho Infantil (12 de junho) que os esforços para acabar com o trabalho
infantil não serão bem sucedidos sem um trabalho conjunto para combater o
tráfico de crianças e mulheres no interior dos países e entre fronteiras. No
Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, a UNICEF disse/referiu com base em
estimativas que o tráfico de Seres humanos começa a aproximar-se do tráfico
ilícito de armas e drogas.
Longe de casa ou num país estrangeiro, as crianças
traficadas – desorientadas, sem documentos e excluídas de um ambiente que as
proteja minimamente – podem ser obrigadas a entrar na prostituição, na servidão
doméstica, no casamento precoce e contra a sua vontade, ou em trabalhos
perigosos.
Embora não haja dados precisos sobre o tráfico de
crianças, estima-se que haverá cerca de 1.2 milhões de crianças traficadas por
ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário