quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


   É um fenômeno cada vez mais comum nas nossas sociedades. A violência doméstica não atinge só a mulheres, atingem também crianças, pessoas idosas, deficientes, dependentes, e não parte só do marido/companheiro. As mulheres assumem, por vezes, o papel de agressoras. Apesar de fazer referências a esta vertente, dou principal destaque à violência doméstica no feminino, restringindo-me apenas à mulher adulta. Começo por dar uma definição do que é a violência doméstica, suas causas, os tipos de violência.
     Considera-se violência doméstica “qualquer ato, conduta ou omissão que sirva para infligir, reiteradamente e com intensidade, sofrimentos físicos, sexuais, mentais ou econômicos, de modo direto ou indireto (por meio de ameaças, enganos, coação ou qualquer outro meio) a qualquer pessoa que habite no mesmo agregado doméstico privado (pessoas – crianças, jovens, mulheres adultas, homens adultos ou idosos – a viver em alojamento comum) ou que, não habitando no mesmo agregado doméstico privado que o agente da violência, seja cônjuge ou companheiro marital ou ex-cônjuge ou ex-companheiro marital”. (Machado e Gonçalves, 2003).

Tipos de Violência Doméstica
       A violência doméstica abrange múltiplas formas de violência que atingem os cônjuges ou companheiros. Essas formas de violência são principalmente: a violência física, a violência psíquica, a violência sexual.

Formas de Exercícios da Violência Doméstica

Coagir e ameaçar
• Ameaçar provocar lesões na pessoa da vítima;
• Ameaçar abandonar, suicidar-se, queixar-se do cônjuge à Segurança Social;
• Coagir para prática de condutas ilícitas.

  Intimidar
• Atemorizar a propósito de olhares, atos, comportamentos;
• Partir objetos;
• Destruir pertences ou objetos pessoais do outro;
• Maltratar os animais de companhia;
• Exibir armas;

 Usar a violência emocional   
 • Desmoralizar;
• Fazer com que o outro se sinta mal consigo próprio;
• Insultar;
• Fazer com que o outro se sinta mentalmente diminuído ou culpado;
• Humilhar.

 Isolar
 • Controlar a vida do outro: com quem fala, o que lê, as deslocações;
• Limitar o envolvimento externo do outro;
• Usar o ciúme como justificação.

 Minimizar, negar, condenar
• Desvalorizar a violência e não levar em conta as preocupações do outro;
• Afirmar que a agressão ou a violência nunca tiveram lugar;
• Transferir para o outro a responsabilidade pelo comportamento violento;
• Afirmar que a culpa é do outro.

 Instrumentalizar os filhos
• Fazer o outro sentir-se culpado relativamente aos filhos;
• Usar os filhos para passar mensagens;
• Aproveitar as visitas de amigos para atormentar, hostilizar;
• Ameaçar levar de casa os filhos.

 Utilizar “Privilégios machistas”
• Tratar a mulher como criada;
• Tomar sozinho todas as  decisões importantes;
• Ser o que define o papel da mulher e do homem.

 Utilizar a violência econômica
 • Evitar que o outro tenha ou mantenha um emprego;
• Forçar o pedido de dinheiro;
• Fixar uma mesada;
• Apossar-se do dinheiro do outro;

• Impedir que o outro conheça ou aceda ao rendimento familiar.

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